A foto destacada neste post retrata um momento simbólico: a equipe de robótica mais nova do Brasil subia ao palco para se apresentar. Eles tinham 8 anos de idade na época e competiriam com estudantes do ensino médio de até 17 anos, na mesma categoria.
Participar de um torneio ou de uma mostra de robótica, envolve muito mais do que capacidade técnica. O fato de chegar ali implica uma transformação no sentido de se sentir capaz de estar ali. É dessa transformação que quero falar: hard skills E soft skills (habilidades técnicas e habilidades socioemocionais ou essenciais).
A equipe Amigos Droids foi precursora de várias coisas na DHEL. Eles começaram sua formação aos 6 anos de idade, com os mesmos robôs utilizados no Ensino Médio.
No início, os principais desafios eram relacionados à auto-organização de cada membro para o trabalho em equipe. Saber organizar as próprias ideias e expô-las aos colegas era uma dificuldade comum, em especial para os mais tímidos. Outros tinham dificuldade em saber a hora de brincar e a hora de trabalhar e todos precisavam aprender a escutar mais antes de agir.
Com o tempo, os desafios foram evoluindo para a organização do trabalho em equipe: visão do que precisava ser feito, das etapas e correlações entre elas, a previsão do tempo necessário para cada fase, etc. A divergência de ideias e os decorrentes conflitos geravam reflexões e aprendizados constantes sobre conviver e colaborar com o time.
À medida que a complexidade dos projetos ia aumentando, novos conhecimentos se tornavam necessários exigindo deles uma organização dos saberes no contexto. Eles precisavam olhar para o mundo, identificar problemas e oportunidades e, a partir dessa análise sistêmica, propor soluções. Um baita esforço cognitivo que mesmo no mundo adulto é alcançada em raros momentos!
Eu costumo brincar com os pais que a robótica é só a isca. Ela é a ponta do iceberg. A verdadeira transformação acontece no nível das atitudes, na forma de ser-no-mundo. As aulas de robótica permitem 3 pilares essenciais de desenvolvimento:
- o contato constante com problemas abertos, que exige soluções criativas, sem penalizar o erro.
- o trabalho mão-na-massa na construção do robô e de suas programações, que dá o senso de entrega concreta; e
- o trabalho em equipe, que desenvolve as habilidades de convivência e colaboração.
(Conheça mais sobre nossa metodologia de ensino e avaliação: Eu comigo, Eu no grupo e Eu no mundo)
Em dois anos, esses pilares permitiram aos pequenos Amigos Droids conquistar uma posição de destaque num torneio com 40 equipes
E as hard skills?
Sem dúvida elas são importantes. Sem saber construir e programar robôs, eles não teriam sido qualificados para participar do torneio. Eles nem pensariam seriamente em participar de um campeonato desses. Esse é um ponto importante de reflexão, especialmente para os pais:
As habilidades técnicas geralmente são só qualificadoras. Elas são a primeira peneira. A partir de um certo nível, são as habilidades socioemocionais que definem quem avança e quem fica.
Para nós, na DHEL, a tecnologia é uma linguagem universal que conecta pessoas para criar ou melhorar algo. As hard skills são um meio de expressão de ideias. É isso que permite aos nossos estudantes acreditarem em si mesmos e confiarem que são capazes de estar ali.
Essa é a verdadeira transformação.
A equipe Amigos Droids são nossos alunos do curso DHEL Full. Conheça mais sobre o curso. Curta o perfil dos Amigos Droids no Instagram e acompanhe a evolução da equipe.