Rever a clássica cena de Tempos Modernos, nos faz perguntar quantos de nós estamos como ele, sentindo que a “máquina está nos engolindo”. Vivemos na era da informação, das comunicações on-line, da Indústria 4.0, da transformação digital e mesmo assim, sentimos que estamos sempre atrasados. Por que isso acontece?
Quero compartilhar com vocês três reflexões sobre o futuro da educação que têm relevância para nosso papel de educadores e pais.
O descompasso entre tecnologia e educação
Um estudo da Organização para Colaboração e Desenvolvimento Econômico – OCDE – prevê que estamos iniciando um período de sofrimento social provocado pelo distanciamento entre a evolução tecnológica e a evolução das nossas formas de ensino e aprendizagem. A menos que criemos uma transformação radical na educação, esse distanciamento só aumentará.
O problema da falta de autonomia dos estudantes brasileiros
Outro relatório recente sobre educação, bastante pertinente, é o do Fórum Econômico Mundial – WEF – e busca conceituar o que é necessário para uma Educação 4.0. Nele, vemos o Brasil ocupar uma das piores posições no ranking mundial dos países que podem liderar a 4ª Revolução Industrial. Por que?
Uma das razões é que os estudantes brasileiros são pouco estimulados a terem autonomia para conduzir sua própria aprendizagem.
4 competências essenciais para o futuro.
Por fim, esse estudo sugere 4 competências essenciais que precisam estar inseridas no processo educacional para o futuro:
- Consciência e cidadania global para ser capaz de atuar positivamente na construção de uma sociedade mais justa e um modo de vida mais sustentável.
- Criatividade e inovação para elaborar análises sistêmicas, resolver problemas complexos e antecipar necessidades futuras.
- Letramento digital, incluindo conhecimento de programação, para ser capaz de utilizar ferramentas tecnológicas e desenvolver novas possibilidades, com responsabilidade.
- Relacionamento interpessoal no sentido de ter empatia e responsabilidade social, de saber cooperar, trabalhar em conjunto e negociar.
Conheça a metodologia de aprendizagem baseada em problemas/projetos da DHEL e veja como desenvolvemos estas competências.
Todos os relatórios e prognósticos descrevem o futuro como incerto e com transformações cada vez mais rápidas.
Por isso, esses estudos insistem numa forma de educação baseada na solução de problemas, pautada em habilidades para o uso de ferramentas tecnológicas, na qual o estudante tenha autonomia para construir seu aprendizado ao longo da vida, de forma colaborativa.